Muitas empresas enfrentam um dilema recorrente: a marca até tem presença, aparece com frequência nas redes e nos veículos de comunicação, mas ainda não é percebida como relevante. Pior, muitas vezes não é lembrada com confiança.
O problema, nesses casos, não costuma ser falta de conteúdo. A questão está na ausência de uma estratégia estruturada para transformar presença em reputação, e reputação em valor. Mas, afinal, o que realmente agrega valor à marca?
A resposta está em se comunicar bem, de forma consistente, estratégica e alinhada com os públicos certos. Isso envolve:
- Mapeamento de stakeholders: entender quem são os públicos estratégicos e o que esperam da marca;
- Coerência nas mensagens: o discurso precisa refletir os valores e a cultura da organização;
- Relacionamento ativo: marcas valorizadas são aquelas que estão disponíveis, que respondem, que ouvem e agem com transparência;
- Canais bem escolhidos: é preciso falar onde o público está e da forma que ele entende;
- Constância e escuta: reputação se constrói no dia a dia, com entregas coerentes e sensibilidade às mudanças do ambiente.
Qual o papel das agências nesse processo?
Agências especializadas em comunicação corporativa têm um papel estratégico na redução desse ruído entre o que a marca diz e o que o público realmente percebe. Isso significa mais do que assessorar: é fazer a escolha certa das mensagens, identificar oportunidades de posicionamento e construir pontes entre os objetivos da organização e os canais certos para alcançá-los.
Esse trabalho exige visão externa, leitura crítica do cenário e atuação conjunta com lideranças internas, para garantir que a reputação esteja sustentada na prática, não apenas no discurso.
Como identificar que há ruído na comunicação?
Nem sempre o distanciamento entre presença e percepção é óbvio. Alguns sinais que indicam que a marca pode estar enfrentando esse ruído são:
- Boa performance de alcance, mas baixa taxa de engajamento qualificado;
- Reações negativas ou indiferença a conteúdos estratégicos;
- Falta de associação entre a marca e temas centrais para seu posicionamento;
- Não alinhamento entre o que colaboradores vivem internamente e o que a empresa comunica externamente;
- Ausência de confiança em momentos de crise ou necessidade de posicionamento público.
Observar esses sinais é o primeiro passo para ajustar a rota e reposicionar a comunicação com mais direcionamento.